Cartaz do Evento |
Nos dias 20 e 21 de Outubro ocorreu o 5°
Encontro Internacional Cidade, Contemporaneidade e Morfologia,
promovido
pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAUrb) da Universidade
Federal de Pelotas (UFPel), no qual o
acadêmico Ítalo Franco apresentou a analise inicial dos
dados de pesquisa realizada
junto ao projeto Para-Formal na
Fronteira [link], que contou com a
participação dos integrantes do
Photographein.
A pesquisa intitulada ‘OLHARES
SOBRE A FRONTEIRA: Práticas da Carto/Foto/Graphia na pesquisa em
Fotografia e Educação’discute
sobre a prática da carto/photo/grafia (realizada pelo Photographein
desde 2010), uma ação poética e
artística que reescreve em imagens
fotográficas a experiência da deriva
(conceito trazido pelo movimento situacionista liderado por Guy
Debord, entre as décadas de 1950 e 1960). Utilizando-se de seus
registros fotográficos durante a viagem do Para-Formal, Ítalo
recria um espaço-fronteira para além do visível, trazendo através
de uma síntese simbólica algumas
características fronteiriças presentes
nas cidades visitadas. Traçando alguns
paralelos entre elas.
Apresentação do Trabalho |
Segue um trecho do resumo expandido:
A Mulher na Motocicleta - Chui/Chuy (2016) - Fotografia por Ítalo Franco |
“A
primeira fotografia (Figura 1), registrada no Chuí brasileiro,
mostra uma mulher com um capacete, montada em uma motocicleta, e a
segunda (Figura 2), outra mulher, desta feita sentada em um banco na
Praça Artigas de Rio Branco (Uruguai), mexendo em sua bolsa. Através
dessas imagens nós podemos identificar os diferentes ritmos desses
espaços”.
A Mulher Sentada - Jaguarão/Rio Grande (2016) - Foto por Ítalo Franco |
“A primeira de duas fronteiras com trânsito intenso, separadas
apenas por uma avenida, o Chui/Chuy tem uma rotina diurna movimentada
pelo comércio dos free shops, envolvendo seus moradores de todas as
faixas etárias. A dignidade no olhar da mulher (Figura 1) e sua
atividade em horário de pico me fazem crer que essa foto é uma
síntese simbólica das minhas percepções quando ali estive. Já a
segunda foto retrata um ritmo mais lento. Rio Branco, por sua vez, é
distante de Jaguarão, sendo que as duas são separadas por um rio.
Longe da zona dos free shops, a cidade é muito tranquila, com poucas
pessoas nas ruas. A posição relaxada da mulher sentada (Figura 2),
vasculhando sua bolsa como se possuísse todo o tempo do mundo
contrasta com o outro registro, de uma rotina acelerada”.
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