sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Photographein no 5° Encontro Internacional Cidade, Contemporaneidade e Morfologia Urbana

Cartaz do Evento

Nos dias 20 e 21 de Outubro ocorreu o 5° Encontro Internacional Cidade, Contemporaneidade e Morfologia, promovido pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAUrb) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no qual o acadêmico Ítalo Franco apresentou a analise inicial dos dados de pesquisa realizada junto ao projeto Para-Formal na Fronteira [link], que contou com a participação dos integrantes do Photographein.
A pesquisa intitulada ‘OLHARES SOBRE A FRONTEIRA: Práticas da Carto/Foto/Graphia na pesquisa em Fotografia e Educação’discute sobre a prática da carto/photo/grafia (realizada pelo Photographein desde 2010), uma ação poética e artística que reescreve em imagens fotográficas a experiência da deriva (conceito trazido pelo movimento situacionista liderado por Guy Debord, entre as décadas de 1950 e 1960). Utilizando-se de seus registros fotográficos durante a viagem do Para-Formal, Ítalo recria um espaço-fronteira para além do visível, trazendo através de uma síntese simbólica algumas características fronteiriças presentes nas cidades visitadas. Traçando alguns paralelos entre elas.

Apresentação do Trabalho

Segue um trecho do resumo expandido:

A Mulher na Motocicleta - Chui/Chuy (2016) - Fotografia por Ítalo Franco

“A primeira fotografia (Figura 1), registrada no Chuí brasileiro, mostra uma mulher com um capacete, montada em uma motocicleta, e a segunda (Figura 2), outra mulher, desta feita sentada em um banco na Praça Artigas de Rio Branco (Uruguai), mexendo em sua bolsa. Através dessas imagens nós podemos identificar os diferentes ritmos desses espaços”.

A Mulher Sentada - Jaguarão/Rio Grande (2016) - Foto por Ítalo Franco

“A primeira de duas fronteiras com trânsito intenso, separadas apenas por uma avenida, o Chui/Chuy tem uma rotina diurna movimentada pelo comércio dos free shops, envolvendo seus moradores de todas as faixas etárias. A dignidade no olhar da mulher (Figura 1) e sua atividade em horário de pico me fazem crer que essa foto é uma síntese simbólica das minhas percepções quando ali estive. Já a segunda foto retrata um ritmo mais lento. Rio Branco, por sua vez, é distante de Jaguarão, sendo que as duas são separadas por um rio. Longe da zona dos free shops, a cidade é muito tranquila, com poucas pessoas nas ruas. A posição relaxada da mulher sentada (Figura 2), vasculhando sua bolsa como se possuísse todo o tempo do mundo contrasta com o outro registro, de uma rotina acelerada”.  

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