O 2017 IABA
Chapter of the Americas conference, “Lives Outside the Lines: Gender and Genre
in the Americas” - A Symposium in Honour of Marlene Kadar ,
foi organizado pela Associação Internacional pela Auto/Biografia – Sucursal
Américas, organização fundada pelos editores da a/b: Auto/Biography Studies na
conferência de 2013, “Auto|Biography across the Américas” em San Juan, Porto
Rico, que se propôs realizar conferências bienais.
O principal
objetivo dessa associação é o de promover a participação de pesquisadores do
continente americano nas atividades da Associação Internacional pela
Auto/Biografia [IABA], a partir da criação de redes de pesquisa e de
intercâmbio entre pesquisadores no hemisfério ocidental e da organização de
eventos.
O evento
deste ano, ocorrido de 15 a 17 de maio, na cidade de Toronto/Canadá, no campus
da York University, além das etapas de abertura e encerramento do evento,
constituídas por palestras de muita qualidade, foi dividido em 22 complexos
painéis de apresentação de trabalhos. Cada um destes painéis, por sua vez,
estruturou-se em quatro apresentações, totalizando assim 88 apresentações orais.
Cada painel tinha um enfoque – todos relacionados com a autobiografia, e um
moderador. Os enfoques contemplaram temas como decolonização, gênero,
imigração, geografias contemporâneas, feminismo e etnias, práticas feministas,
traumas contemporâneos, afetos, testemunhos, arte, ativismo, relações
contemporâneas e educação, entre outros.
O evento
incluiu ainda atividades preliminares à sua abertura de orientação de
estudantes de Pós-graduação, o Mentorship Workshop, para a qual eu e a professora Cláudia Brandão fomos
convidadas, analisando o trabalho “Down the Rabbit Hole’: Building
Self-Reflexive Pedagogy in Autobiographical Writing”, da estudante da
Universidad de Puerto Rico, Celia Ayala Lugo.
Também
participamos como convidadas da Round Table: Collaboration, uma mesa de relatos de experiências acerca de trabalhos colaborativos,
que compartilhamos com mais cinco pesquisadoras. Em ambas as atividades nossas
inserções foram elogiadas.
Da mesma
forma o foi, o trabalho que apresentamos no Panel
22: Pedagogical Autoethnographies, intitulado “On
Photo-graphy and Teacher (Self)Education”, que teve
como base uma pesquisa e reflexão desenvolvida pela Cláudia - sobre a
fotografia e a autobiografia – e do qual fui colaboradora.
Com esta
diversificação de atividades o evento adquiriu uma estrutura complexa e
diversificada, mas que funcionou perfeitamente. Na sua organização, chamou a
nossa atenção a dedicação da equipe ao bem estar de todos os participantes, bem
como o respeito a estes, caracterizando assim o que se poderia definir como um
profissionalismo afetivo. Destaca-se ainda a qualidade dos trabalhos
apresentados, assim como a seriedade com o horário das atividades: todas as
atividades transcorreram nos horários previstos, sem atrasos e sem tratamento
diferenciado a qualquer participante. Também chamou a nossa atenção a educação
e humildade tanto dos organizadores como da homenageada, professora Marlene
Kadar, que se fez presente, abrindo o evento com uma palestra emocionante.
Estas
características coincidem de maneira impressionante com aquilo que se vê na
própria cidade de Toronto: organização humana e urbana, educação, gentileza,
pluralidade e diversidade. Retorno feliz, leve e com a alegria e a esperança
renovadas. Agradeço a Cláudia pelo convite para colaborar e participar deste
acontecimento, e por tudo o demais!
A
oportunidade de participar deste evento só pode ser traduzida pela palavra
prazer, pleno prazer.
Teresa
Lenzi,
Professora
do ILA/FURG, pesquisadora do PhotoGraphein
Figura 1: Foto de divulgação da York University.
Figura 2: Campus da York University, Cláudia
Brandão, 2017.
Figura 3: Palestra de abertura: Marlene Kadar,
Cláudia Brandão, 2017.
Figura 4: Round Table: Collaboration, Cláudia Brandão, 2017.
Figura 5: Panel
22: Pedagogical Autoethnographies, Laura Vasquez, 2017.
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