Os objetos são para nós como suportes de pensamento. No dia a dia utilizamos coisas que muito dizem sobre a pessoa que somos e nos transformamos. Carregamos nas nossas pesadas bolsas e mochilas objetos que são como partes de nosso corpo, neles depositamos nossa existência, nossos modos de vida, desejos e seguranças. Sem nossos objetos ordinários ficamos perdidos, somos tão ligados a eles que praticamente nem pensamos neles. Quem reflete sobre a escova de dente ou sobre a caneta velha de todo dia? Objetos somente são refletidos quando se veem demasiados, quando se tornam algo insustentável pelas veias do consumismo. No entanto, é raro pensarmos que eles, em distintas formas, números e graus, são parte de nós. Somos literalmente viciados em objetos. Vendo o artigo publicado no site http://obviousmag.org sobre o fotógrafo Jason Travis percebi o quão se presta a fotografia para o banal. Esta palavra “banal”, usualmente usada no seu sentido pejorativo, muito tem a contribuir com as nossas reflexões sobre o cotidiano e nossas práticas. O espetacular na maioria das vezes se encontra dentro do banal e fotografar as banalidades (vendo-as desta forma) é algo que a nossa sociedade, que almeja espetacularizar até o inútil, deveria realizar com mais frequência!
Aí vai o link da série “Persona” do Flickr do J. Travis:
Post de Luisa Kuhl Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário