Elisa Salengue, Pedras Altas/RS, 2008 |
“Sujeitos históricos de oposição, trabalhando em pedagogias do dissenso, precisam abrir praticas pedagógicas a partir de dentro e descobrir o que determina a própria pedagogia, ao mesmo tempo em que permanece fora do seu controle. E fazê-lo significa nada menos do que travar a luta de classes contra maquinas de opressão em todos os seus disfarces e suas formas. Isso implica fazer intervenções políticas na maneira como vivemos pedagogicamente ao nível do cotidiano.
Elisa Salengue, Pinheiro Machado/RS, 2008 |
Uma pedagogia da libertação e uma pedagogia capaz de reconhecer às transmutações cotidianas do capital, de organizar a resistência diária as classes dominantes e de liberar o projeto de libertação da opressão de sua própria inércia e desencanto. Ela joga um papel central na transformação de memórias individuais em atos vivos de memória coletiva e histórica.
Essa é a mensagem que, freqüentemente, perde-se na chamada pós-marxista por uma democracia radical. Apenas com uma ênfase renovada em uma abordagem classista a pedagogia critica pode permanecer fiel ao seu projeto de libertação.
Elisa Salengue, Arroio Grande/RS, 2009 |
As intervenções concentradas no nível da diferença cultural são decididamente insuficientes e correm o risco de reproduzir aquelas estruturas de opressão que a pedagogia critica tem-se comprometido historicamente em transformar.” (MCLAREN: 2000, p.296-297)
Elisa Salengue, BR 471(Rio Grande/RS), 2009 |
MCLAREN, Peter. Multiculturalismo Revolucionário: pedagogia do dissenso para o novo milênio. Tradutores: Márcia Moraes e Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 304p.
Post de Elisa Salengue
Tenho pensado sobre estas questões. Quando começamos a pensar sobre os caminhos propostos pela pedagogia dentro das Universidades. Enfim o foco dado para educação em todas as licenciaturas. Todos os caminhos confrontados com a realidade das escolas, e a cultura existente entre boa parte dos licenciados que atuam como professores, percebe-se a ausência da consciência política. Parece-me ser necessário uma pedagogia que além da critica, além da filosofia, faça o futuro professor viver dentro de uma pedagogia que envolva a ação política de modo a criar uma consciência coletiva de classe que realmente faça a diferença na prática social. Não deveria haver espaço na educação para quem não é engajado politicamente, para quem faz da atividade de educador, um trabalho qualquer com remuneração ao final do mês com o simples propósito de moeda de troca no consumo em um shopping qualquer.
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