Pesquisadores do PhotoGraphein apresentam pesquisas no 34º Encontro Nacional da ANPAP

Entre os dias 29 de setembro e 03 de outubro, aconteceram diversos comitês de apresentações orais no 34º Encontro Nacional da ANPAP – Extremos, sediado este ano na Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

Ao adotar o tema "Extremos", o evento se propôs a ser um espaço de reflexão crítica e colaboração, onde diferentes vozes e experiências convergiram para uma compreensão mais ampla do impacto dos extremos geográficos e sociais no campo das Artes Visuais. Buscando promover uma discussão interdisciplinar que não apenas evidencie as dificuldades, mas também inspire ações concretas, a 34ª ANPAP visou fortalecer as conexões entre artes e ciência, entre crítica social e prática artística, fomentando um ambiente onde a diversidade de ideias pudesse florescer e gerar transformações significativas.

Confira abaixo os resumos dos trabalhos apresentados no evento por pesquisadores do PhotoGraphein - Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação (UFPel/CNPq):

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"A FOTOPERFORMANCE COMO MEDIADORA DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA CONTEMPORANEIDADE"
Rogger Bandeira (Co-autora: Dra. Cláudia Mariza Mattos Brandão)

Resumo: O artigo versa sobre o uso da fotoperformance como estratégia pedagógica na arte-educação, a partir da metodologia da A/r/tografia (IRWIN, 2013; DIAS, 2010), que vê os papéis de artista, professor e pesquisador de forma integrada. Apoiado em experiências como A sombra de tudo (2021) e Corpo Fronteiriço (2024), o estudo indica como o corpo em ação e a imagem fotográfica podem promover processos de ensino críticos e sensíveis.

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"ARQUITETURA ECLÉTICA PELOTENSE: FOTOGRAFIA E EDUCAÇÃO INFORMAL PARA A PROMOÇÃO DE OLHARES CRÍTICOS E REFLEXIVOS"
Hamilton Oliveira Bittencourt Junior

Resumo: A proposta desse artigo é a de problematizar o contexto sócio-histórico que implicou na urbanização da cidade de Pelotas/RS, o que culminou com a difusão arquitetônica do estilo eclético, entre os séculos XIX e XX. Fugindo de uma narrativa hegemônica, assumimos um olhar decolonial sobre as dinâmicas econômicas e sociais que propiciaram o enriquecimento de uma determinada parcela da população, pautado na exploração do trabalho escravo. A partir desses apontamentos, baseados em pesquisa bibliográfica, discutimos o papel social da arte no campo da educação informal.

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"CRIANDO FOTOGRAFIAS E MEMÓRIAS: UM CONVITE A PAUSA CONTEMPLATIVA"
Giuliana Bazarele

Resumo: O artigo reflete sobre como a aceleração digital e o excesso de imagens vem comprometendo a memória e a capacidade de contemplação na sociedade contemporânea. Propondo a fotografia pinhole como uma ferramenta prática e teórica para resgatar a atenção e a paciência necessárias para o processo fotográfico ocorrer por completo, contrastando com a instantaneidade das mídias digitais. A técnica é apresentada como um convite a "pausa contemplativa" essencial para combater o comportamento acrítico induzido pela pressa e pelo consumo desenfreado de estímulos visuais.

  

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"O ARTISTA NA COLEIRA DO CARTAZ ESCOLAR"
Matheus Vieira Marques (Co-autor: Dr. Felipe Bernardes Caldas)

Resumo: O artigo discute o papel do artista-professor-pesquisador como agente de crítica institucional no ambiente escolar. A partir de experiências no PIBID e em estágio supervisionado, reflito sobre os limites da subversão na escola, abordando o estigma atribuído à docência em arte e a urgência de uma prática crítica. Utilizando o grafite e a pixação como linguagem de enfrentamento e criação, defende-se uma imaginação radical (Mesquita) em uma prática de crítica institucional capaz de tensionar a escola como aparelho ideológico.

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“ANNIE ERNAUX: O VISUAL E O VERBAL EM UMA TESSITURA DO IMAGINÁRIO”
Ana Beatriz Reinoso (Co-autora: Dra Cláudia Mariza Mattos Brandão)

Resumo: O trabalho analisa a obra L’Usage de la photo (2005), escrita por Annie Ernaux em parceria com o fotógrafo Marc Marie, em que fotografia e palavra dialogam para registrar experiências íntimas. O estudo mostra como, diante do erotismo e da doença, Ernaux transforma vestígios do cotidiano (roupas, objetos, imagens) em narrativas que atravessam memória, tempo e subjetividade.

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“ANNIE ERNAUX, FOTOGRAFIA E MEMÓRIA AFETIVA: UMA ARTICULAÇÃO ENTRE LINGUAGEM, IMAGEM E EXPERIÊNCIA”
Rebeca Franco Fonseca (Co-autora Ana Beatriz Reinoso)

Resumo: O trabalho investiga como a escrita de Annie Ernaux dialoga com a fotografia na construção da memória afetiva. Ao explorar registros visuais e textuais, o estudo analisa de que forma a autora transforma lembranças pessoais em narrativa literária, revelando a potência da linguagem e da imagem na elaboração da experiência. Uma reflexão sobre como literatura e fotografia se entrelaçam na criação de memórias e afetos.

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"PRÁTICAS DO SENSÍVEL: EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES A PARTIR DA EXPOSIÇÃO CASCAS"
Ana Luíza Nogueira de Quadros (Co-autores: Wesley Padilha Blanke e Jamila Lima Macedo)

Resumo: O artigo reflete sobre a experiência da exposição CASCAS, realizada por discentes do PPGArtes da UFPel, no contexto da disciplina "Fotografia e Imaginário: Poéticas em Pesquisa". A mostra foi atravessada pelas enchentes de maio de 2024 no Rio Grande do Sul, o que impactou diretamente os processos de criação e os sentidos atribuídos às imagens. O artigo analisa quatro obras da exposição, buscando evidenciar como a fotografia pode mobilizar afetos, discorrer a respeito de traumas íntimos e/ou coletivos e provocar reflexões sobre desigualdades socioambientais.

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"ESTE É UM LAR, TCHÊ!” E “GÊMEAS DORMINDO”: SOBRE PRÁTICAS ARTÍSTICAS AUTOBIOGRÁFICAS EM VÍDEO E PERFORMANCE"
Dra. Tatiana Brandão de Araujo (Co-autora: Bruna Mazzotti)

Resumo: O texto em questão é o resultado de duas pesquisas nas quais as práticas artísticas estabeleceram conexões entre arte e os estudos autobiográficos. Os objetivos das discussões apresentadas neste espaço são debater como a proposta de um vídeo e uma performance para a câmera dialoga diretamente com a pesquisa teórica e a maneira com a qual as questões autobiográficas podem ser trabalhadas de maneiras diferentes por meio da prática artística. Ambas as pesquisas se utilizam de arquivo familiar, ressignificando esses materiais em diferentes propostas de obras de arte.

Casa de Cultura Bianchini recebe a Mostra de Vídeos do III Encontro DO PINCEL AO PÍXEL

Neste sábado, 27 de setembro, aconteceu a Mostra de vídeos do III Encontro DO PINCEL AO PÍXEL na Casa de Cultura Bianchini, no Cassino (Rio Grande/RS).

Com curadoria e organização da pesquisadora e artista Tatiana Brandão, a mostra reuniu 12 curtas-metragens que exploram diferentes linguagens, narrativas e experimentações visuais. As obras se conectam ao tema central do encontro, convidando o público a refletir sobre modos de ver, criar e imaginar o mundo a partir da arte audiovisual.

Após a sessão, houve uma roda de conversa que possibilitou o debate sobre as temáticas abordadas nos filmes, assim como sobre processos criativos, escolhas estéticas e questões relacionadas às autorias. O momento aproximou artistas, pesquisadores e público, criando um campo de trocas e escuta coletiva.

Exposição "Reconhecimento Facial" abre para visitações hoje

Hoje, às 19h, na Galeria João Zinclar (Hippocampus - Sebo e Livraria), acontece a abertura da exposição “Reconhecimento Facial”.

Com obras de Ana Beatriz Reinoso, Bruno Carneiro, Charles Guerra, Cláudia Brandão, Cláudio Azevedo, Dhara Carrara, Emanuel Santos, Giuliana Bazarele, Hamilton Bittencourt, Jordana Rodrigues, Kathleen Oliveira, Louise Soares, Matheus Marques, Melissa Araujo, Rebeca Francof, Rogger Bandeira, Tatiana Brandão, Vitória Jansen, Wesley Blanke, Yasmin Fortes, a mostra coletiva integra a programação do III Encontro Do Pincel ao Pixel: Como os artistas veem o mundo, promovido pelo PhotoGraphein - Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação (UFPEL/CNPq) e pelo ARTEECOS (FURG).

“Reconhecimento Facial” convida o público a pensar a fotografia como um gesto de encontro. Reconhecer não é apenas identificar rostos, mas acolher diferenças, histórias e modos de existir que nos atravessam. A exposição busca abrir espaço para que o olhar se torne também uma forma de reflexão e de diálogo com o outro. 

Visite a exposição até dia 25 de outubro de 2025.

Participe do III ENCONTRO DO PINCEL AO PÍXEL: Como os Artistas Veem o Mundo

Ver é mais do que apenas olhar. É um exercício de deixar-se atravessar por paisagens, rostos, gestos, perspectivas, carregando-os para dentro de si e traduzindo em formas, cores, sons e palavras. O olhar do artista não é mero registro: é plena fabulação, um convite a enxergar aquilo que muitas vezes passa despercebido na pressa do cotidiano.

No III Encontro DO PINCEL AO PÍXEL, nos reunimos para refletir sobre os múltiplos modos de percepção que a arte provoca. Como os artistas veem o mundo? Que mundos nascem desse olhar? Que lentes e imaginários moldam as visões que transformam realidades em ação? O evento abre espaço para que diferentes práticas, linguagens e pensamentos se encontrem, produzindo diálogos que atravessam fronteiras entre o visível e o invisível.

De 25 a 28 de setembro de 2025, abriremos um território comum para troca e invenção para partilhar visões, provocar sentidos e, sobretudo, aprender a ver o mundo pelos olhos do outro. O III Encontro DO PINCEL AO PÍXEL resulta de uma parceria entre o PhotoGraphein - Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação (UFPel/CNPq), coordenado pela professora Cláudia Mariza Mattos Brandão, e o ARTEECOS (FURG), coordenado pelo professor Cláudio Tarouco de  Azevedo. O evento é gratuito, aberto à comunidade em geral.

Participe do evento inscrevendo-se através do link:

https://forms.gle/PCBdfBpwwjoEZgwJ9

2ª Convocatória Internacional de Arte Postal PhotoGraphein tem prazo de envio prorrogado

O prazo de envio para a 2ª Convocatória Internacional de Arte Postal PhotoGraphein foi prorrogado até o dia 30 de julho.

Convidamos artistas do mundo todo a enviarem postais (10 x 15 cm), puras ou híbridas (pintura, colagem, etc.), em resposta ao tema: “No chão em que piso, a humanidade que revelo”. As imagens podem ser enviadas com ou sem envelope.

Os trabalhos recebidos farão parte de um catálogo digital gratuito e de uma exposição com distribuição dos postais ao público, por isso, não serão devolvidos aos autores.

Ver nos possibilita enquadrar o mundo e registrá-lo. Olhar representa uma percepção atenta aos detalhes, às marcas que o tempo histórico deixa em nossos trajetos cotidianos. E com isso somos capazes de avaliar o presente e planejar o futuro. A 2ª Convocatória Internacional de Arte Postal PhotoGraphein tem o objetivo de amealhar dados concretos e imediatos dos viveres contemporâneos ao redor do planeta, resgatando os serviços institucionais dos Correios em um tempo histórico de predominância da correspondência eletrônica.

Convidamos as pessoas participantes a refletirem sobre o mundo em que vivemos, analisando as complexas transformações que ocorreram ao longo da história e os processos contínuos que a humanidade tem atravessado. Esse convite visa despertar uma conscientização crítica sobre as mudanças sociais, culturais, políticas e ambientais, incentivando um olhar atento para os desafios que moldam o presente e a trajetória do nosso futuro coletivo. 

📬 Envios para: 

II C.I. Arte Postal

a/c Cláudia Brandão

Caixa Postal 51 - CEP 96.207-970

Cassino, Rio Grande, RS, Brasil

Pesquisadora do PhotoGraphein apresenta pesquisa no II Congresso dos Projetos Unificados do CA (UNIFICA)

Nos dias 1, 2 e 3 de Julho, o Centro de Artes da UFPel sedia o II Congresso dos Projetos Unificados do CA, o UNIFICA. O evento conta com apresentações de GT's, mostra artística, feira, oficinas e conferências.

Melissa Araujo, pesquisadora do PhotoGraphein marcará presença apresentando o trabalho "Na caverna do CA: Grafitos, identidades e gênero", pesquisa que vem sendo desenvolvida no âmbito do projeto "Do pincel ao pixel: sobre as (re)apresentações de sujeitos/mundos em imagens", vinculado ao Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação, PhotoGraphein.

A apresentação acontece no dia 3 de julho, no período da manhã, no primeiro bloco do GT "Arte, comunidade e inovação: intersecções entre saberes tradicionais, tecnologias e transformação social", na sala 205.

Saiba mais acessando o site: https://wp.ufpel.edu.br/unifica

Exposição "Cascas" é relatada em novo artigo da 91ª edição da revista Educação Ambiental em Ação

A 91ª edição da revista Educação Ambiental em Ação (junho - agosto/2025) já está no ar e ela conta com novo artigo escrito a partir de práticas do PhotoGraphein.

O texto, escrito por Cláudia Mariza Mattos Brandão, Wesley Padilha Blanke (ambos pesquisadores do PhotoGraphein - Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação), Ana Luíza Nogueira de Quadros e Jamila Lima Macedo (mestrandas do Programa de Pós-Graduação em Artes - Centro de Artes, UFPel), analisa três obras de arte apresentadas na exposição coletiva “Cascas” (Pelotas/RS, 08/2024), proposta resultante da disciplina "Fotografia e Imaginário: Poéticas em Pesquisa", do Programa de Pós-Graduação em Artes (Centro de Artes/UFPel), vinculada ao PhotoGraphein.

No decorrer das aulas, foram propostas leituras e produções imagéticas, incitando reflexões, discussões e escritas. De modo inesperado, todas as experiências que resultaram na exposição foram atravessadas pelas enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, em maio de 2024. Naturalmente, esses eventos afetaram drasticamente os moradores do estado e não poderia ser diferente com a turma, composta majoritariamente por moradores de Pelotas e Rio Grande. O grupo precisou se adaptar à realidade, o que impactou sobremaneira a elaboração das imagens das “Cascas”. A partir de relatos de alguns dos participantes da exposição, o texto reflete sobre a potência da arte como produtora de discursos problematizadores da vida em sociedade.

Nesta edição especial, Educação Ambiental em Ação está completando 23 anos de atividades. A revista teve início em 5 de junho de 2002, dia que também comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia, data tão significativa para todos que compreendem que o meio ambiente é a base da vida e que todos os seres vivos devem ter seu direito à vida preservado. Em tempos de retrocessos nas políticas ambientais — como o da flexibilização do licenciamento — o papel da educação se torna ainda mais crucial para conscientizar e empoderar a população. A mudança começa — e continua — com a conscientização e a ação coletiva e, nesse sentido, a Educação Ambiental é fundamental.

Leia o artigo no link: https://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=5253