PhotoGraphein no VIII SIGAM - Simpósio Internacional de Gênero, Arte e Memória

Está acontecendo, ao longo dessa semana (26 a 30 de maio de 2025), no Centro de Artes - Bloco 1 (UFPel), o VIII SIGAM - Simpósio Internacional de Gênero, Arte e Memória & I encontro de reitoras e vice-reitoras da Andifes Sul (PR, SC e RS). A nova edição do evento apresenta como tema "Mulheres Inscrevem: poéticas feministas no mundo", sublinhando a escrita de mulheres artistas, professoras e pesquisadoras, com intenção de destacar pioneirismos, artivismos, práticas e a visão feminista implicada, a dimensão feminina das produções na arte e no meio cultural, acadêmico e cotidiano.

Cláudia Mariza Mattos Brandão, líder do PhotoGraphein, e Ana Beatriz Reinoso Rosse, pesquisadora do grupo, apresentam o trabalho "Fragmentos de uma relação amorosa: literatura, fotografia e gênero na obra de Annie Ernaux" no GT 9 (Escritas feministas: discursos, releituras e sentidos) que acontece dia 30 de maio, às 11h15.

"Fragmentos de uma relação amorosa: literatura, fotografia e gênero na obra de Annie Ernaux" analisa nuances e diferenças de perspectivas e de narrativas, frente ao mesmo fato, entre Annie Ernaux e Marc Marie, na obra L'Usage de la photo (2005). A obra nasce dos registros de um momento efêmero, os fragmentos de uma relação amorosa da escritora, as cenas de encontros sexuais dos autores, que são documentados fotograficamente de modo íntimo e ensaístico. A partir do cruzamento entre teoria de gênero, crítica literária e de uma abordagem comparativa, este trabalho discute como as vozes feminina e masculina constroem diferentes modos de lidar com o tempo, a memória, o corpo e a escrita.  Para tanto, utilizaremos como aporte teórico os pensamentos de Judith Butler (2018), bell hooks (1995, 2021), Joan Scott (2017), entre outros, para evidenciar a maneira como o gênero influencia no modo de narrar o mesmo fato. A análise evidencia como a escrita de Ernaux se ancora em uma perspectiva política da experiência pessoal, enquanto a de Marie tende a uma estetização memorialista do acontecimento amoroso, configurando uma tensão de gênero na forma de narrar e lembrar.

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Imagens da apresentação no dia 30 de maio de 2025: